quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

ALMEIDA JÚNIOR - Arte Tumular - 448 - Cemitério da Saudades, Piracicaba, São Paulo, Brasil



Visão geral


ARTE TUMULAR 
Base tumular em granito rosa claro em formato retangular, suportando uma escultura em bronze  de uma manto cobrindo uma paleta de pintura, especialidade do morto, significando "a tristeza coberta". Logo na parte posterior destaca-se, também, em granito rosa em estilo de obelisco sem ponta, tendo como destaque no terço médio superior uma escultura em bronze do busto do pintor.

LOCAL: Cemitério da Saudades, Piracicaba, São Paulo, Brasil
Fotos: G1.globo.com
Descrição tumular: Helio Rubiales



PERSONAGEM
José Ferraz de Almeida Júnior (Itu, 8 de Maio de 1850 — Piracicaba, 13 de Novembro de 1899), foi um pintor e desenhista brasileiro da segunda metade do século XIX.
Morreu aos 49 anos.

SINOPSE ARTÍSTICA
É frequentemente aclamado pela biografia como precursor da abordagem de temática regionalista, introduzindo assuntos até então inéditos na produção acadêmica brasileira: o amplo destaque conferido a personagens simples e anônimos e a fidedignidade com que retratou a cultura caipira, suprimindo a monumentalidade em voga no ensino artístico oficial em favor de um naturalismo.

Foi certamente o pintor que melhor assimilou o legado do Realismo de Gustave Courbet e de Jean-François Millet, articulando-os ao compromisso da ideologia dos salons parisienses e estabelecendo uma ponte entre o verismo intimista e a rigidez formal do academicismo, característica essa que o tornou bastante célebre ainda em vida.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
 Apóstolo São Paulo, 1869 Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, Itu

Almeida Júnior cresceu em sua cidade natal, Itu, como artista precoce. Seu primeiro incentivador foi o padre Miguel Correa Pacheco, quando o pintor ainda trabalhava como sineiro na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, para a qual produziu algumas obras de temática sacra. Uma coleta de fundos organizada pelo padre forneceu as condições para que o jovem artista, então com 19 anos de idade, pudesse embarcar para o Rio de Janeiro, a fim de completar seu estudo.

Apóstolo São Paulo, 1869 Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, Itu 


 Em 1869, Almeida Júnior encontrava-se inscrito na Academia Imperial de Belas Artes. Foi aluno de Jules Le Chevrel, Victor Meirelles e, possivelmente, Pedro Américo. Diversas crônicas relatam que seu jeito simplório e linguajar matuto causavam espanto aos membros da Academia.

O PINTOR EM PARIS
Em 1876, durante uma viagem ao interior paulista, o Imperador D. Pedro II, impressionado com seu trabalho, ofereceu pessoalmente a Almeida Júnior o custeio de uma viagem a Europa, para aperfeiçoar seus estudos. No ano seguinte, um decreto de 23 de março da Mordomia da Casa Imperial abriu um crédito de 300 francos mensais para que o pintor fosse estudar em Roma ou Paris.

A CONSAGRAÇÃO NO BRASIL
De volta ao Brasil em 1882, Almeida Júnior realiza sua primeira mostra individual na Academia Imperial de Belas Artes, exibindo sua produção parisiense. No ano seguinte, abre seu ateliê na rua da Glória, em São Paulo, por meio do qual irá contribuir para a formação de novas gerações de pintores, dentre os quais, Pedro Alexandrino

.Batismo de Jesus, 1895 Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo

Em São Paulo, Almeida Júnior promoveu vernissages exclusivas para a imprensa e potenciais compradores. Executou retratos de barões do café, de professores da Faculdade de Direito de São Paulo e de partidários do movimento republicano, além de paisagens e pinturas de gênero. Sua atuação como artista consagrado em São Paulo contribui decisivamente para o amadurecimento artístico da capital paulista.

 Em 1884, expõe novamente suas telas do período parisiense na 26ª Exposição Geral de Belas Artes da Academia Imperial de Belas Artes, que foi a última e certamente a mais importante exposição realizada no período imperial.

MORTE
Almeida Júnior morreu precocemente, aos 49 anos, em 13 de novembro de 1899. Foi apunhalado  vítima de um crime passional, em frente ao Hotel Central de Piracicaba, (hoje já demolido), por José de Almeida Sampaio, seu primo e marido de Maria Laura do Amaral Gurgel, com quem o pintor manteve um relacionamento amoroso secreto por vários anos.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação:  Helio Rubiales
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hrubiales@gmail.com

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